Inovador e pratico, o concreto celular tem revolucionado a construção civil.

Na engenharia, chamamos de concreto celular ou concreto poroso, aquela mistura que deixa alguns espaços na massa, que faz com o que as construções sejam mais leves e ainda bem resistentes.

O concreto é um dos principais componentes de estruturas armadas de grande porte, rígidas e pesadas. Contudo, devido a uma maior versatilidade gerada pela indústria, há um tipo que pode ser utilizado que é bem mais leve que o tradicional.

É claro que estamos falando do concreto celular concreto poroso.

 

Surgiu no início do século XX e foi aperfeiçoado pelo arquiteto Johan Axel Eriksson para servir a construção civil de maneira mais ampla e tem sido usado e aprimorado ainda nos dias de hoje.

Vamos entender um pouco mais das características do concreto celular.

Concreto celular: o que é de fato?

Também conhecido como poroso e espumoso, esse concreto possui vazios que o tornam mais leve. Enquanto a massa específica do concreto convencional é de aproximadamente 2.300 kg/m³, a do concreto celular varia de 300 kg/m³ a 1.850 kg/m³, o que representa muito mais leveza para as construções sem abdicar da resistência.

O grande diferencial desse tipo de concreto, é que é composto por cimento, água e agregados miúdos, com a incorporação de bolhas de ar no interior, que cria esses espaçamentos que dão a leveza ao material.

O processo de inserção de ar é feito das seguintes formas:

É criada uma espuma especial com equipamentos especializados, assim promovendo o contato entre o concreto e o ar durante a produção. Isso deve ser feito em ambiente controlado, assim é possível determinar o volume de expansão e também a densidade da massa ao final do processo.

A espuma é feita no próprio canteiro de obra com uma espécie de agitador mecânico estático ou portátil (que se assemelha a uma batedeira) e adicionando ao concreto na betoneira o produto resultante é o concreto leve e airado. Nesse caso é mais difícil controlar o volume de expansão, pois não é possível definir o tamanho das bolhas geradas.

Após finalizar o procedimento, obtém-se um concreto de menor densidade e com poros esféricos de dimensões regulares e milimétricas que não se deformam.

Onde aplicar o concreto celular?

Por atender à exigência de inúmeros projetos e ser moldado durante a própria obra, pode ser empregado em praticamente todas as estruturas, como pisos, contra pisos, lajes, paredes corta fogo e afins.

Também preenche vazios em obras de infraestrutura e serve como isolante térmico e acústico de coberturas de edifícios residenciais, comerciais e industriais ao constituir uma camada logo acima da laje de concreto convencional em complemento.

As peças pré-fabricadas, são feitas de concreto celular como matérias prima, principalmente de pisos elevados e blocos de vedação. A vantagem desses é que conseguem ser resistentes o suficiente ao mesmo tempo não sobrecarregam a estrutura.

Também podem ser moldados em formatos de canaletas, vergas e contravergas e para corta-los é bem mais simples que o concreto tradicional, facilitando aberturas para fiações e encanamentos posteriores a obra.

Principais Benefícios do concreto celular

Não há desperdícios consideráveis durante a produção do concreto celular e seu aproveitamento é quase integral. Por ser mais leve, o material possui alta fluidez, ou seja, a etapa de adensamento não é necessária, reduzindo os gastos financeiros com equipamentos e mão de obra.

Esse concreto também é bastante resistente contrafogo, umidade, fungos e agentes químicos, sendo um bom substituto do drywall em áreas molhadas, como banheiros e cozinhas. Sua baixa condutibilidade térmica reduz a transmissão e a perda de calor em um espaço, deixando a temperatura no interior mais agradável e possibilitando a economia de energia elétrica que seria utilizada para resfriar ou aquecer o ambiente.

Além disso, o concreto celular apresenta um ótimo desempenho acústico muito superior ao do concreto convencional, tendo blocos feitos com esse material que são capazes de se adaptar muito bem às estruturas com elementos feitos em concreto armado, pré-moldado e aço. Ou seja, pode trabalhar junto com o tradicional.

Contudo, apesar dessas vantagens, existem alguns pontos que merecem atenção, pois se não houver reforços estruturais e tratamentos impermeabilizantes, é possível que o concreto celular apresente alguns problemas com o passar do tempo, como deformações e fissuras por retração. O uso em si é mais restrito, por conta da sua menor aderência às armaduras e um desempenho mecânico inferior ao do concreto convencional.

Sendo assim, para trabalhar com o concreto celular é preciso um estudo cuidadoso do projeto e verificar a viabilidade da aplicação adequada. Apesar de ser uma tecnologia relativamente recente, já é possível encontrar profissionais especializados no assunto, como nós aqui da Faial Engenharia.

Projeto Sirius, Acelerando o Futuro

Recentemente trabalhamos num projeto que usou esse material e você pode conferir clicando aqui.

O Laboratório Nacional de Luz de Sincrotron elaborou esse projeto cujo nós da Faial Engenharia tivemos a honra de participar, aplicando o concreto celular para garantir a qualidade e durabilidade da estrutura.

UMA CONSTRUÇÃO ÚNICA

Sirius tem em seu coração aceleradores de partículas, responsáveis por acelerar feixes de elétrons até velocidades altíssimas, muito próximas da velocidade da luz, e por mantê-los circulando em órbitas estáveis por várias horas em ultra-alto vácuo, enquanto produzem a luz síncrotron. Cada um desses feixes tem, em alguns trechos do acelerador, apenas 1,5 micrômetros de tamanho vertical, ou seja, é cerca de 50 vezes menor que um fio de cabelo.

Esses minúsculos pacotes de elétrons devem percorrer uma trajetória circular de 500 metros de circunferência, por 600.000 vezes a cada segundo, durante horas, sem que sua posição oscile mais que um décimo de seu tamanho. Isso é importante porque quanto mais estáveis e focalizados forem os feixes de elétrons circulando nos aceleradores de partículas, melhor e mais brilhante será a luz síncrotron produzida e entregue para os pesquisadores.

EXIGÊNCIAS SEM PRECEDENTES

Foram muitos os desafios para a construção das instalações que abrigam o Sirius, desde a estabilidade do piso contra deformações e o cuidado com o isolamento das vibrações internas e externas até a estabilidade térmica dos ambientes e componentes. Todos os aspectos construtivos, da fundação à cobertura, tiveram que levar em consideração exigências de estabilidade mecânica e térmica sem precedentes.

O edifício que abriga o Sirius é parte essencial para o funcionamento desta complexa máquina, motivo pelo qual ele é uma das construções civis mais avançadas já realizadas no País

Acesse o site e confira o projeto pronto.

Enfim, legal essa novidade do concreto celular, não é? Para saber mais dessa e outras obras e materiais que usamos, fale conosco, com certeza podemos ajudar no seu projeto.